Abstract:
Expressa perplexidade quanto à reação do vice-líder da oposição, Aluízio Alves, que criticou o Cardeal pela acusação de corrupção na Câmara dos Deputados e exigiu provas concretas. Argumenta que a crise moral, amplamente reconhecida pela oposição e evidenciada por diversos editorialistas como o "Diário de Notícias", é uma realidade incontestável, mesmo que não se possa sempre apresentar provas formais. A corrupção é visível pelos seus efeitos e pela constatação geral de que ela permeia as principais instituições do país, como o Senado, as Câmaras, as Forças Armadas, a Polícia, os Bombeiros e o Judiciário. Critica a postura de Alves por ignorar essa evidência e desconsiderar a grave crise moral apontada por diversas autoridades e observadores. Enfatiza que, se a existência de corrupção é reconhecida, então é necessário aceitar que as acusações feitas pelo Cardeal são um reflexo dessa realidade, e não uma frase sem substância. O discurso do Cardeal, ao citar Isaías, destaca a corrupção e a traição dentro das instituições, alinhando-se com uma visão mais crítica e corajosa da situação. O texto conclui que, ao invés de contestar as acusações, deveria haver um reconhecimento da crise moral e um esforço para combater a corrupção, como exemplificado pelo discurso do Cardeal.