Abstract:
Critica a Campanha do Desarmamento Infantil promovida pela Suécia e adotada no Brasil, que visa eliminar brinquedos bélicos para evitar a formação de instintos guerreiros nas crianças. Expressa ceticismo quanto à eficácia dessa campanha, argumentando que a origem das guerras e da beligerância não reside nos brinquedos, mas em fatores mais profundos e estruturais da sociedade. Relata seu desapontamento ao ver a adesão entusiástica da Associação Brasileira de Imprensa à campanha, descrevendo-a como uma iniciativa ingênua e simplista. Menciona sua própria experiência pessoal com brinquedos bélicos e destaca que sua criança, apesar de brincar com armas de brinquedo, não se tornou belicosa. A partir de sua observação, argumenta que a verdadeira causa das guerras não está em brinquedos, mas em sistemas políticos e sociais desiguais e injustos. Também critica a publicidade positiva em torno das memórias da viúva de Mussolini e reflete sobre a incoerência entre defender a liberdade de imprensa e, ao mesmo tempo, promover conteúdos que exaltam figuras autoritárias. Sugere que as verdadeiras ameaças à paz e à justiça estão na desvalorização da dignidade humana e na promoção de regimes totalitários, e não nos brinquedos das crianças. Por fim, propõe que uma "Campanha de Armamento Infantil" seria mais eficaz do que a campanha proposta, se isso significasse garantir uma vida democrática mais coerente e íntegra. Acredita que a verdadeira paz exige mais do que a simples eliminação de brinquedos bélicos; requer uma transformação fundamental das condições sociais e políticas que sustentam a injustiça e a violência.