Abstract:
Critica duramente as propostas de "emenda dos conselheiros" e o "mandato tampão", que são vistas como tentativas do ex-presidente Juscelino Kubitschek de manter-se no poder e na esfera pública. Argumenta que o desejo de Kubitschek de continuar envolvido no poder e no prestígio reflete uma necessidade de status que ele confessa ser vital para seu bem-estar. Destaca que, embora a ideia de um conselho de ex-presidentes possa parecer sensata, ela é problemática no contexto de um regime superpresidencialista, pois perpetua a irresponsabilidade ao manter ex-presidentes com privilégios e imunidades. Também critica o conceito monárquico de prolongar títulos e cargos, contrastando com o ideal republicano de que ex-presidentes devem se tornar menos influentes após o mandato. Rejeita a proposta, afirmando que ela não se alinha com os princípios democráticos e só serve para manter o ex-presidente em uma posição de destaque que ele não deveria ocupar. Além disso, expressa descontentamento com a administração de Kubitschek, citando exemplos de inflação e aumento de preços, que são mal interpretados pelo povo, levando a conflitos e mortes. Critica ainda a burocracia que permite o desperdício de ajuda internacional e a falta de atenção às questões graves, como a alta mortalidade infantil em Fortaleza. Conclui que o verdadeiro problema é o custo do governo atual e a falta de eficiência na gestão pública.