Abstract:
Critica o estilo de governo do presidente Juscelino Kubitschek, comparando-o a um personagem de filmes cômicos, Max Linder, conhecido por suas cenas de correria e caos. Descreve a administração de Kubitschek como uma constante correria, destacando a rapidez com que o presidente tenta atender a todos os problemas e realizar projetos, mas, paradoxalmente, deixando o país em um estado de confusão e falta de progresso real. Observa que Kubitschek se empenha em projetos grandiosos e promessas futurísticas, como a construção de Brasília e a industrialização acelerada, porém, critica a falta de foco em problemas imediatos e concretos. Argumenta que essa mobilidade constante e a busca por soluções rápidas refletem uma evasão das responsabilidades reais e uma fuga da realidade presente. Também critica o governo por exigir grandes sacrifícios da população em nome de promessas futuras, argumentando que um governo deve focar tanto no bem-estar presente quanto no futuro. Sugere que a administração de Kubitschek está tão preocupada em criar um legado distante que negligencia as necessidades atuais da população, como a alta inflação e a carestia de vida. Conclui que, embora a mobilidade e o dinamismo sejam características apreciadas, elas podem se transformar em uma forma de evasão, onde a verdadeira eficácia e atenção às necessidades imediatas são sacrificadas em nome de um futuro incerto.