Abstract:
Expressa seu descontentamento com a atitude do governo brasileiro em relação ao político espanhol Félix Gordon Ordaz. Ordaz, um opositor do regime totalitário de Francisco Franco, foi impedido de desembarcar no Brasil, apesar de suas intenções democráticas e seu combate a regimes autoritários. Destaca a ironia de que, durante a ditadura de Getúlio Vargas, Ordaz havia visitado o Brasil sem problemas, e critica a atual administração por rejeitar um defensor da democracia enquanto demonstra simpatia por regimes totalitários. Questiona a autenticidade da repugnância brasileira declarada contra regimes autoritários, sugerida pelo ministro Negrão de Lima em uma reunião internacional. Observa que o Brasil recebeu com festividades enviados de regimes opressivos, como o de Salazar, e agora rejeita um adversário do totalitarismo, Gordon Ordaz. Também critica o governo brasileiro por demonstrar preferência por regimes ditatoriais e por mostrar hipocrisia em relação aos seus verdadeiros sentimentos sobre a democracia e a tirania. Encerra com uma ironia mordaz sobre a disposição pessoal de combater ditadores, insinuando que, se dependesse dele, os regimes opressores seriam eliminados sem hesitação.