Resumo:
Discute a crescente crise no ambiente estudantil do Brasil, desencadeada por um conflito na Faculdade de Ciências Médicas do Rio de Janeiro. Inicialmente, a disputa entre o diretor da faculdade, Professor Álvaro Cumplido Santana, e os estudantes, foi amplificada por entidades como a UNE e a UME, transformando uma questão local em um problema nacional. Destaca a futilidade e a falta de seriedade com que esses conflitos foram tratados pelos dirigentes, que, ao invés de abordarem as questões com gravidade, permitiram que a situação escalasse desnecessariamente. O professor Santana tentou manter sua posição de autoridade, recusando-se a ceder às pressões estudantis, mesmo diante de ameaças. No entanto, a situação se agravou quando os estudantes, incentivados pelas entidades estudantis, buscaram apoio político e pressionaram o governo para obter vantagens, como a encampação da faculdade pela prefeitura. Critica a postura do Presidente da República, que tratou o caso com leveza, sem compreender plenamente as raízes do conflito. Lamenta a desmoralização da autoridade e a crescente audácia dos estudantes, que, segundo ele, estão mais interessados em poder e prestígio do que em educação de qualidade. Conclui sugerindo que a situação se deteriorou a tal ponto que talvez fosse melhor deixar os estudantes assumirem o controle total das instituições, dada a falta de firmeza das autoridades em lidar com os problemas.