Resumo:
Aborda as tensões no setor educacional brasileiro, destacando o impacto das promessas não cumpridas do Presidente da República e a desvalorização da moeda nas condições dos professores e estudantes. Os colégios, argumenta, têm razão ao recusar a subvenção presidencial, enquanto os professores também têm motivos para reclamar o aumento salarial prometido, que mal repõe as perdas do ano anterior. A greve dos professores, contudo, acirra a hostilidade contra os diretores de colégio, criando um ambiente de confronto desnecessário. Sugere que, se a greve dos professores for bem-sucedida, os diretores e reitores deveriam considerar fechar os colégios até que a situação melhore. Critica a política econômica e a desvalorização monetária como causas principais dos conflitos. Destaca que esses conflitos são inevitáveis em uma economia em rápida desvalorização e que, enquanto a desvalorização anual é de cerca de 30%, novos conflitos surgirão à medida que os setores tentam ajustar-se. Expressa simpatia pelos professores dos cursos secundários, pois considera que eles têm sido os mais maltratados, e critica a visão de choque de classes que surge nas greves. Lamenta a divisão crescente entre professores, diretores e estudantes, uma situação que compromete a qualidade do sistema educacional e prejudica a formação cívica dos brasileiros. Conclui que essa falta de compreensão e boa vontade pode ter graves consequências para o futuro do país.