Resumo:
Explora a crise persistente no sistema educacional brasileiro causada pela instabilidade econômica. Destaca como a desvalorização da moeda e a constante variação de preços afetam o setor de ensino, gerando uma série de problemas que se repetem ciclicamente. A inflação alta leva a reajustes contínuos em taxas escolares, salários de professores e outros custos, perpetuando um ciclo de insatisfação e conflito. Critica a forma como a questão educacional é tratada, enfatizando que os professores, diretores e alunos estão todos em disputa pelo mesmo recurso escasso: o valor real do dinheiro. Lamenta a falta de compreensão das verdadeiras implicações desses reajustes, que são frequentemente mal interpretados como aumentos reais, quando na verdade são apenas ajustes para compensar a perda de valor da moeda. Também aborda a deterioração do ambiente escolar, com greves e conflitos exacerbados pela inflação. Adverte que a educação está se tornando um campo de batalha econômico, o que prejudica a qualidade do ensino e gera divisões internas. Sugere que a solução pode ser a criação de escolas com currículos simplificados e a concessão de bolsas para alunos com aptidões excepcionais, a fim de manter a qualidade sem sobrecarregar o sistema. No fundo, critica a falta de um planejamento econômico adequado e a demagogia política que não resolve os problemas reais do setor educacional, resultando em uma degradação contínua da qualidade do ensino.