Resumo:
Critica, em tom sarcástico e amargurado, a decadência moral e política do Brasil ao comentar a "Noite de Marechal", uma festa petebista em que o marechal Lott, então figura de destaque, se apresenta de maneira decepcionante. Lamenta que a fotografia da ocasião transmita mais do que palavras poderiam expressar, mostrando Lott com uma expressão apática, cercado por figuras que, para o autor, simbolizam a degradação do cenário político brasileiro. Compara a imagem de Lott a um "sonâmbulo", sugerindo que o marechal está envolvido em um jogo político vazio e incongruente, especialmente considerando suas posições anteriores e sua transformação ao longo dos anos. Também critica a justificativa de Lott para sua filiação ao PTB, questionando a autenticidade de suas motivações. Segundo o Corção, a vaidade do marechal, descrita como "pueril e gigantesca", é a força motriz por trás de suas ações, levando-o a trair não apenas os outros, mas a si mesmo. Conclui com uma reflexão sobre a vaidade como uma força destrutiva, especialmente perigosa quando combinada com poder político, alertando para o impacto negativo dessa atitude em um país já fragilizado. O texto é uma crítica feroz à política brasileira, ressaltando a hipocrisia e a superficialidade das figuras de poder.