Resumo:
Reflete sobre a visita do vice-presidente dos Estados Unidos à União Soviética e a frustração que sente com a falta de profundidade nas discussões entre os líderes. Aplaude a quebra de protocolo e a franqueza nas discussões, destacando que tais momentos de liberdade são valiosos. No entanto, critica a falta de um debate mais essencial sobre a natureza do regime soviético. Argumenta que a verdadeira razão pela qual a União Soviética não pode ser confiável é a ausência de uma opinião pública livre. Sem imprensa independente, oposição política e liberdade de expressão, a nação não pode fornecer uma garantia confiável do que dizem seus líderes. A falta de transparência e a ausência de uma verdadeira liberdade de opinião tornam as declarações oficiais soviéticas questionáveis e sem valor real. Também critica a dicotomia simplificada da luta de classes defendida pelo marxismo, comparando-a com a realidade mais complexa da tensão social. Expressa um desdém pela transformação do socialismo em um nacionalismo que contradiz seus próprios princípios fundacionais, e vê a União Soviética como um relicário de uma ideologia ultrapassada e obsoleta. Finalmente, lamenta a falta de uma nova força transformadora que possa desafiar o sistema soviético, sugerindo que a União Soviética é uma "experiência histórica petrificada" que representa o passado, não o futuro. Conclui com a visão de que a União Soviética é um mundo profundamente narcotizado, afastado das necessidades e realidades do mundo moderno.