Resumo:
Critica a situação do controle estatal sobre a economia e a corrupção no Brasil. Começa mencionando um problema recente com a deterioração de alimentos importados, como feijão e arroz, destacando o desperdício e a falta de transparência nas compras públicas. A crítica se estende ao controle de preços e à administração da COFAP (Companhia de Produtos Alimentares), que é responsável pela deterioração de 10 mil sacas de arroz, resultando em um prejuízo de 11 milhões de reais. Compara a situação brasileira com a peça “O Inimigo do Povo” de Ibsen, onde o médico que denuncia a poluição das águas é tratado como inimigo da sociedade. Da mesma forma, no Brasil, aqueles que apontam as falhas e corrupção do sistema são vistos como inimigos do povo. Critica a hipocrisia e a falta de ética dos órgãos governamentais e das figuras políticas, que, sob o pretexto de progresso e desenvolvimento, encobrem e perpetuam práticas corruptas. Ressalta que, enquanto se proclama a riqueza mineral e os avanços industriais, a corrupção está presente até nos aspectos mais humildes da vida cotidiana, como a alimentação básica. Termina com uma reflexão amarga sobre a desilusão e a traição do sistema, indicando que o verdadeiro progresso e o bem-estar do povo são sacrificados pela corrupção e pela incompetência dos governantes e instituições.