Resumo:
Critica a contradição observada nas campanhas eleitorais, usando como exemplo um cartaz do marechal Henrique Teixeira Lott. O cartaz exibia um retrato risonho de Lott acompanhado pela frase "Sucessão é coisa séria", o que gerou perplexidade no autor. Questiona a incoerência entre o sorriso do candidato e a seriedade atribuída à sucessão presidencial, refletindo sobre o comportamento paradoxal dos políticos. Explora como a imagem de Lott em tom jocoso contrasta com a gravidade exigida para um cargo tão importante, e usa isso para criticar a superficialidade e a falta de profundidade nos processos políticos. Também menciona Luiz Carlos Prestes, que, após retornar da Rússia, se posicionou publicamente em apoio a Lott e contra Jânio Quadros. Observa o caráter cômico da situação, destacando que a política muitas vezes se torna um espetáculo de sorte e casualidade, mais do que uma arena de seriedade e competência. Além disso, revisita o contexto histórico do período, lembrando a nomeação de Lott para o Ministério da Guerra após a crise de 1954, e como ele, inicialmente um personagem obscurecido, subiu ao palco da história devido a eventos imprevistos. Critica a forma como a política é tratada como um jogo de azar, com decisões baseadas em acontecimentos fortuitos e não na real competência dos envolvidos.