Resumo:
Critica a obsessão pelo desenvolvimento econômico material do Brasil, enquanto se ignora a importância da boa governança e do bem-estar da população. Reconhece que a preocupação com o crescimento econômico é um sinal positivo, mas argumenta que a falta de foco na qualidade da administração pública e nas dimensões humanas do progresso diminui o valor dessas iniciativas. Compara a situação do Brasil a um jogo de xadrez, onde os jogadores, apesar de terem boas peças, perdem por não saberem utilizá-las adequadamente. Observa que, embora o Brasil tenha feito avanços materiais, como a exploração de petróleo e a entrada na era atômica, esses benefícios não se traduzem em melhorias na vida da população devido à má gestão política. Critica a lógica presidencial que relaciona o baixo número de automóveis no Brasil à necessidade de implantar a indústria automobilística, sem considerar que o verdadeiro problema é a falta de poder aquisitivo da população. Conclui que tanto os desenvolvimentistas quanto o governo negligenciam as dimensões humanas e sociais, focando apenas em indicadores materiais de progresso, o que resulta em um desenvolvimento incompleto e desumanizado. Para ele, a verdadeira grandeza de uma nação reside na elevação da qualidade de vida e dignidade de seus habitantes, e não apenas em números de produção ou investimentos.