Resumo:
Reflete sobre os acontecimentos políticos na França e as possíveis repercussões no Brasil. Expressa um sentimento de mal-estar em relação ao regime de plenos poderes conferidos ao general De Gaulle, sem considerar o movimento como fascista, mas reconhecendo o risco de totalitarismo. Questiona se a crise francesa justifica tais medidas e alerta sobre o perigo de um "cansaço cívico" que pode levar ao totalitarismo, caso a ineficácia dos processos normais seja amplamente aceita. Também critica a associação simplista da crise com o fracasso do parlamentarismo, argumentando que os fenômenos sociais são complexos e resultam da convergência de múltiplos fatores. Destaca sua preocupação com a repercussão desses eventos no Brasil, dado o histórico de influência externa na política nacional, mencionando a possível emulação do general Lott ao se inspirar em De Gaulle. Também critica a situação política em Portugal e no Brasil, onde a liberdade de expressão está em risco, especialmente no contexto das eleições. Conclui com um apelo aos legisladores brasileiros para que mantenham a liberdade da mídia, lembrando os compromissos democráticos do país e a necessidade de cumprir a palavra dada, evitando assim a desonra de serem maus pagadores perante o mundo.