Resumo:
Analisa o retorno de Luiz Carlos Prestes ao cenário político e seu novo comportamento. Prestes, que antes era visto como um revolucionário fervoroso, aparece agora como um homem calmo e controlado, refletindo um tom neutro e sereno em suas respostas às perguntas dos repórteres. O contraste entre sua antiga imagem de "Cavaleiro da Esperança" e sua atual postura é notável. Corção observa que, apesar da aparência tranquila de Prestes, suas respostas frequentemente carecem de substância e são evasivas. Prestes, ao responder a questões sobre seu passado e suas declarações, como a sua posição em uma possível guerra entre Brasil e Rússia, evita discutir os temas diretamente e opta por respostas genéricas. Criticando essa abordagem, compara Prestes a um "robot" programado para fornecer respostas mecanicamente perfeitas, mas sem emoção ou profundidade. Também nota a crescente ênfase de Prestes no nacionalismo, uma mudança significativa em relação ao seu passado internacionalista. Vê isso como uma estratégia calculada para se alinhar com as correntes políticas atuais e critica o nacionalismo promovido por Prestes, associando-o ao antiamericanismo. Contrapõe a posição de Prestes com as declarações do Papa Pio XII, que condena o nacionalismo exacerbado. Por fim, sugere que o retorno de Prestes revela uma nova fase de sua carreira política, marcada por um nacionalismo que se distancia do internacionalismo anterior e se ajusta às novas realidades políticas.