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Reflete sobre a visita do presidente eleito da Argentina, Arturo Frondizi, ao Brasil, contextualizando-a no cenário político sul-americano. Vê Frondizi como um símbolo da retomada democrática após longos períodos de ditadura e regimes provisórios na Argentina. No entanto, expressa ceticismo sobre a eficácia das visitas oficiais, que muitas vezes são superficialmente elaboradas para ocultar a verdadeira realidade política dos países anfitriões. Critica o protocolo e as medidas encenadas durante a visita, comparando a manipulação da imagem dos países anfitriões tanto em democracias imperfeitas quanto em regimes totalitários. Aponta que, embora o protocolo vise apresentar uma imagem idealizada, a realidade subjacente muitas vezes revela continuísmo e falta de verdadeira mudança. Discute o histórico político do Brasil, mencionando a transição de Vargas para Dutra e a subsequente ascensão de Getúlio Vargas novamente, além de descrever a persistência de um "espírito" de continuidade política. Observa que, apesar das mudanças superficiais, o país muitas vezes se mantém preso a práticas e mentalidades antigas. Conclui que seria benéfico se Frondizi pudesse ver além das aparências e entender profundamente os problemas brasileiros. Sugere que a visita poderia oferecer lições valiosas sobre a defesa da democracia e a necessidade de verdadeira transformação, contrastando com a realidade frequentemente mascarada por cerimônias protocolares. |
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