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Critica a incoerência entre as declarações e ações do Presidente da República, Juscelino Kubitschek. O presidente, em um discurso público, condena a corrupção e promete rigor na fiscalização das eleições para garantir sua pureza, afirmando que não haverá complacência com a corrupção e que o governo não intervirá no processo eleitoral. No entanto, essa declaração contrasta com as ações recentes do governo. Kubitschek emitiu um decreto proibindo nomeações e admissões no serviço público, mas o texto sugere que essa medida é contraditória, dado que o governo estava envolvido em práticas de favoritismo e manipulação eleitoral. A crítica é direcionada ao uso das verbas e influências governamentais para favorecer políticos aliados, como o prefeito de Porto Alegre, enquanto prejudica estados como o Rio Grande do Sul, que enfrentou bloqueios em importações necessárias para seu desenvolvimento. Questionando a eficácia e sinceridade do discurso presidencial, aponta que a própria oposição e denúncias oficiais confirmam a intervenção do governo no processo eleitoral. Destaca o paradoxo entre as promessas de austeridade e as práticas de nomeações políticas, ilustrando uma desconexão entre os discursos de combate à corrupção e a realidade da política. A conclusão sugere que, apesar do discurso, a prática política continua a ser marcada pela manipulação e favoritismo, refletindo uma desconexão entre as palavras e ações do governo. |
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