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Critica a efemeridade da Enciclopédia produzida pelos enciclopedistas do século XVIII. Para ele, a Enciclopédia não apenas simboliza uma tentativa falha de substituir a civilização cristã por uma nova filosofia secular, mas também exemplifica o entusiasmo desmedido da época por uma racionalidade desprovida de unidade e síntese. Os enciclopedistas, liderados por Diderot e d'Alambert, pretendiam criar uma nova ordem intelectual e cultural, mas sua obra se mostrou obsoleta rapidamente, tornando-se apenas uma curiosidade bibliográfica. Contrapõe a Enciclopédia com o trabalho de Blaise Pascal, cuja obra, apesar de ter mais de trezentos anos, mantém um valor imutável e duradouro. Usa Pascal para ilustrar a diferença entre as obras que, embora novas e revolucionárias na época de sua criação, acabam sendo efêmeras, e aquelas que, com profundidade e verdadeiro valor, resistem ao tempo. Além disso, destaca a persistência da música de Mozart, comparando-a à efemeridade das produções filosóficas do período. Através dessa comparação, ele argumenta que, enquanto algumas criações humanas são rapidamente superadas e esquecidas, outras, como as obras de Pascal e a música de Mozart, permanecem relevantes e atemporais. Reflete sobre a natureza da durabilidade e o valor das obras humanas, sugerindo que nem tudo passa e que o valor real está em aspectos que transcendem o modismo e a efemeridade. |
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