Resumo:
Comenta a declaração feita por cardeais, arcebispos e bispos do Brasil sobre três questões centrais: educação, desenvolvimento econômico e nacionalismo político. Expressa sua satisfação pelo alinhamento dessas ideias com as que já defendeu em seus textos. Sobre educação, os bispos criticam a interferência excessiva do Estado, que teria usurpado o papel da família e da Igreja, resultando em um sistema educacional medíocre e rígido. Para ele, a educação precisa de liberdade para prosperar, e o Estado deve atuar de forma supletiva, oferecendo apoio sem impor padrões unilaterais. Além disso, discute o risco de o Brasil se tornar uma "democracia popular" caso os problemas sociais e políticos não sejam tratados com seriedade. Adverte que construções como Brasília serão corpos sem alma se a educação, a política e o desenvolvimento social não forem adequadamente tratados. Apesar de compartilhar das preocupações expressas pelos bispos, se mostra cético em relação à capacidade dos governantes de enfrentar esses desafios. Ressalta, porém, a esperança que encontra em pessoas honestas e dedicadas, professores e cidadãos que resistem ao caos institucional e que ainda sonham com um Brasil melhor.