Resumo:
Critica a concentração de poder e a sua corrupção inevitável, refletindo sobre a realidade do regime político contemporâneo. Destaca que, enquanto o governo prepara uma grande campanha publicitária para celebrar seu segundo aniversário, a questão do uso dos canais de radiodifusão é tratada com descaso. Observa que tanto o governo quanto a oposição falham em abordar o problema fundamental da concentração de poder, concentrando-se apenas nas críticas superficiais. Argumenta que a propaganda oficial, repleta de mentiras, é um reflexo lógico de um sistema totalitário baseado na centralização do poder. Denuncia a usurpação dos canais de comunicação pelo governo e critica a falta de uma distribuição justa do poder. Para ele, o verdadeiro progresso político só pode ocorrer com a dispersão do poder, citando o princípio de Francis Bacon de que o poder, como o estrume, é benéfico apenas quando distribuído. Ressalta que a história mostra a tendência dos regimes para se tornarem cada vez mais totalitários, com a moral burguesa tendendo para a tirania. Defende a necessidade de uma estrutura política onde o poder seja amplamente distribuído e critica o foco excessivo em privilégios e prerrogativas. Propõe que, para melhorar a democracia, é necessário reduzir a concentração de poder e criar mecanismos que permitam uma verdadeira participação política. Em suma, é um apelo à reflexão sobre a estrutura de poder e a necessidade de reformas para evitar a centralização e promover uma democracia mais autêntica.