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Reflete sobre o impacto cultural e psicológico da corrida espacial, que marca um momento peculiar e surpreendente na história da humanidade. Começa destacando a sensação de estranhamento que permeia os tempos atuais, comparando-a com o espanto que antigos eventos históricos provocaram. Observa que, em vez de buscar um sentido transcendental ou espiritual, a humanidade agora se volta para os céus na esperança de descobrir e competir com os avanços tecnológicos, como a corrida para lançar satélites artificiais. Critica a superficialidade e o vazio das reações diante dos feitos tecnológicos, como o lançamento do satélite Sputnik pelos russos e a subsequente reação americana. Vê essa competição como um reflexo de uma corrida mais simbólica do que real, onde a verdadeira significação cultural é ignorada em favor de um espetáculo esportivo e fútil. Sugere que a corrida espacial pode ser vista como uma nova forma de expansionismo, semelhante à era das grandes navegações, mas agora em um contexto interplanetário. Questiona se estamos apenas revivendo antigos padrões de busca por novos mundos e se o fascínio pelo espaço não oculta um sentimento de culpa coletiva e um desejo de punição. Encerra com uma reflexão sobre o impacto psicológico profundo desses eventos, comparando o antigo desejo de elevação espiritual e o temor diante do divino com o moderno fascínio por tecnologias espaciais e o medo de possíveis ameaças extraterrestres. Conclui que os tempos são realmente estranhos, marcados por uma transformação do desejo e do medo humanos. |
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