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Analisa o recente motim em São Paulo, destacando a complexidade das razões por trás da revolta popular. Lamenta que, apesar da razão dos protestos—o descontentamento com o aumento dos preços devido à inflação—os manifestantes erram ao culpar especificamente os serviços de transporte coletivo, como a Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC). Observa que a inflação afeta diversos setores, não apenas os transportes, e que a indignação popular frequentemente se volta contra serviços públicos, como visto em outros aumentos, por exemplo, nas tarifas de bondes. Reflete sobre a tendência do público de tratar serviços essenciais como se fossem gratuitos ou imunes a aumentos, devido à sua natureza básica e indispensável, como água e eletricidade. Compara essa visão com sua própria experiência de trabalho em empresas de serviços públicos, onde enfrentou a hostilidade da população, que muitas vezes vê tais serviços como uma forma de exploração, mesmo que as empresas sejam nacionais e não estrangeiras. Critica a abordagem errônea dos manifestantes e lamenta a perda de vidas durante o motim, considerando-a um trágico reflexo de uma falha filosófica e política. Conclui que, embora os protestos revelam um profundo descontentamento com o governo e sua incapacidade de lidar com a crise, a forma como essa revolta se manifesta é disfuncional e contraproducente. Sugere que a voz do povo, apesar de suas manifestações caóticas, expressa um desejo de mudança e uma crítica ao regime vigente. |
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