Resumo:
Reflete sobre a efemeridade da vida e a maneira como eventos marcantes, como mortes e eleições, são rapidamente integrados ao fluxo contínuo do tempo. Inicia com a morte súbita de uma jovem e a morte esperada do Papa, contrastando a importância pessoal desses eventos com o contexto mais amplo e impessoal da história. Destaca como, após essas mortes, a perspectiva pessoal muda drasticamente, revelando a trivialidade das preocupações diárias diante da iminência da própria morte. Menciona seu desdém por figuras políticas contemporâneas, como Leonel Brizola, e como, antes de sua experiência pessoal com a morte, ele sentia a necessidade de se expressar com veemência sobre temas políticos. Contudo, após essa experiência, percebe a irrelevância das disputas políticas quando comparadas à eternidade e ao fluxo contínuo da história. A reflexão leva à conclusão de que, apesar das vicissitudes e preocupações imediatas, a história é dominada pela transitoriedade e pela perspectiva retrospectiva. Compara a vida a uma poeira levantada pelo vento, onde os detalhes individuais se tornam indistinguíveis. A reflexão culmina na ideia de que a lembrança da mortalidade é um lembrete útil para ajustar nossas prioridades e perspectivas, sugerindo que talvez a introdução de símbolos de mortalidade nas instituições não fosse tão eficaz quanto a reflexão pessoal sobre a transitoriedade da vida.