Resumo:
Expressa seu desejo por um Papa não-italiano, não-latino e não-europeu, apesar de reconhecer o valor dos papas anteriores, todos europeus e, majoritariamente, italianos nos últimos quatrocentos anos. Menciona Adriano VI como o último Papa não-italiano, e critica a continuidade desse padrão, argumentando que a Igreja, sendo universal, não deve estar vinculada a uma única nação ou cultura. Defende a transcendência da Igreja sobre qualquer regime político ou civilização e sugere que a eleição de um Papa de fora da Europa, como um chinês ou um americano negro, simbolizaria essa universalidade. Ressalta que sua torcida não tem influência na escolha do próximo Papa, e critica a interferência de governos, como a do presidente italiano Fanfani, que tenta influenciar a eleição papal. Considera essa prática antiquada e prejudicial, decorrente da oficialização da Igreja após a vitória de Constantino. Conclui com a esperança de que o próximo Papa, seja quem for, continue o legado de Pio XII e corte os vínculos da Igreja com o poder temporal, permitindo que ela exerça sua missão espiritual de maneira livre e independente.