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Examina a influência da filosofia de Guilherme d'Occam, que defendeu a simplicidade ao afirmar que não se devem multiplicar entidades sem necessidade. Essa ideia, que surge no contexto da Renascença e da Reforma, promove uma simplificação que, embora inicialmente pareça sensata, acaba comprometendo a própria compreensão da realidade. Ao contrário da abordagem mais flexível de Santo Tomás, que aceitava distinções reais apenas quando necessárias para a explicação dos fatos, d'Occam e seus seguidores, incluindo os neopositivistas modernos, aplicam uma regra de simplificação que desconsidera a complexidade do real. Critica a "quantofrenia," um termo utilizado pelo sociólogo Sorokin para descrever a adoração excessiva da matemática e da quantificação que marca a civilização moderna. Ele argumenta que, enquanto a matemática oferece uma linguagem universal e eficiente para transmitir informações, ela não consegue capturar todas as nuances da realidade. A filosofia modernista, com seu foco na quantificação, reduz aspectos qualitativos a meros parâmetros numéricos, o que desconsidera a riqueza da experiência humana e da natureza. Enfatiza que a ciência e a matemática são valiosas para entender e resolver problemas práticos, mas não devem ser vistas como a única forma de conhecimento. Defende que, apesar da utilidade da matemática, a filosofia não deve ser reduzida a um mero exercício de quantificação, e que aspectos como a qualidade e a profundidade da experiência humana transcendem a simples medida numérica. |
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