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Analisa a ascensão e as implicações da valorização da quantidade na civilização ocidental, especialmente desde o fim da Idade Média. Argumenta que a Civilização que sucedeu o mundo medieval, agora em crise, é caracterizada pelo domínio do quantitativo, uma mudança que tem profundas raízes na matemática e na filosofia da Renascença. A matemática, com sua abstração e espiritualização do mundo sensível, representa uma transposição do concreto para o abstrato, refletindo um domínio espiritual sobre a matéria. No entanto, essa ênfase na quantidade também se revela como uma "prisão" para o espírito, limitando a profundidade da inteligência e promovendo uma visão quantitativa do valor humano. Observa que a civilização moderna, emergente a partir da Renascença e da Reforma, adotou um humanismo e antropocentrismo que são essencialmente quantitativos. O homem da Renascença buscava acumular habilidades e títulos, refletindo uma inflação do ego e uma ênfase na diversidade sobre a unidade. Exemplos como Leonardo da Vinci e o Admirável Crichton ilustram essa busca incessante por acumulação de competências e reconhecimento. Critica essa abordagem, afirmando que resultou em uma expansão superficial do conhecimento e uma cultura de mediocridade, onde a quantidade prevalece sobre a qualidade e profundidade. Conclui que, após séculos de sucessos e fracassos, a civilização ocidental começa a perceber que, embora tenha conquistado muitos aspectos do mundo natural, perdeu a conexão com princípios unificadores e a essência espiritual da cultura. |
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