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Discute a relevância relativa das necessidades materiais e espirituais, abordando a tensão entre desenvolvimento material e elevação espiritual. Inicia com uma citação de um Lama tibetano que questiona a prioridade entre melhorar a alma e asfaltar estradas. Embora o Lama viva em um regime feudal isolado, sua perspectiva ressalta uma verdade universal: a importância da alma sobre os bens materiais. Argumenta que, enquanto o Lama tem razão ao valorizar o aperfeiçoamento da alma, essa visão não deve desconsiderar a importância dos bens materiais. O progresso e a tecnologia, simbolizados pelo asfalto e pela agricultura, são cruciais para o bem-estar humano. No entanto, ressalta que o verdadeiro valor desses bens não está neles mesmos, mas na forma como são usados para melhorar a vida humana. A crítica é direcionada ao materialismo que coloca os bens materiais acima da dignidade humana. Defende que a verdadeira economia deve equilibrar o valor material e espiritual. A economia divina, segundo ele, é aquela que transforma os bens materiais para o bem humano, não o contrário. O economista, ao focar apenas em maximizar a produção, pode esquecer a humanidade e reduzir os seres humanos a meros instrumentos de consumo. Conclui que há três economias: a de Deus, que valoriza a transformação do material para o bem do homem; a do homem, que deve submeter-se aos princípios superiores; e a do Diabo, que inverte essa ordem e coloca o material acima do humano. O clamor do Lama representa a luta contra essa última economia, que negligencia a verdadeira dignidade humana. |
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