Resumo:
Critica a disparidade no tratamento das infrações disciplinares dentro das forças armadas e a mentalidade militar predominante. Destaca um incidente em que oficiais do exército foram punidos severamente por expressarem desagrado publicamente, enquanto os responsáveis por uma agressão e destruição de propriedade militar não receberam punição. Argumenta que essa diferença de tratamento revela uma mentalidade militar que valoriza a disciplina como um fim em si mesmo, independentemente da justiça ou do bem comum. Critica a ideia de que a disciplina, especialmente em contextos militares, deve ser considerada um valor absoluto, desvinculado das normas de justiça e do serviço ao país. Observa que, para muitos, a disciplina é vista como um bem secundário, enquanto para alguns, ela é valorizada excessivamente, transformando-se em um sistema fechado que prioriza a manutenção de prestígios internos em vez de servir à nação. Também expressa preocupação com a crescente aceitação pública de uma mentalidade militarista e a falta de compreensão sobre a função essencialmente civil dos cargos de ministério, como o Ministro da Guerra. Teme que a valorização excessiva da disciplina possa levar a uma subversão do sistema político e a uma confusão sobre as verdadeiras prioridades do governo. Em suma, defende que a disciplina deve ser subordinada a princípios mais elevados de justiça e serviço público, e não se tornar um fim em si mesma.