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Aborda as dificuldades de avaliar o que acontece na Rússia Soviética, destacando que as informações disponíveis são frequentemente direcionadas e controladas. Apesar disso, algumas realidades emergem com clareza, como o extraordinário valor com que os russos lutam, sugerindo que estão defendendo algo importante para eles. Além disso, observa que o regime soviético tem se afastado gradualmente da concepção marxista original, que se baseava no materialismo histórico e filosófico, negando a dimensão espiritual do homem e considerando a religião como um "ópio" para controlar o povo. Destaca uma transformação significativa no regime soviético: a mudança de atitude em relação à Igreja Ortodoxa, com o Estado não apenas cessando o combate contra ela, mas também estabelecendo um entendimento estreito. Interpreta essa mudança como um reconhecimento tácito do impacto social e espiritual da religião, apesar das falhas das instituições religiosas e suas possíveis divergências da inspiração divina. Essa mudança sugere uma revolução interna dentro do próprio regime soviético, que passa a reconhecer a importância da religião como uma realidade transcendente que exerce uma influência considerável na sociedade, mesmo que tal reconhecimento não seja plenamente filosófico, mas sim pragmático e social. |
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