Resumo:
Critica a recente tradução brasileira da "Oração da Coroa", que erroneamente atribui a Demóstenes o conhecimento da batata, uma planta originária da América. Argumenta que traduções inadequadas podem causar mais danos do que benefícios ao desenvolvimento cultural e ressaltam a ignorância e a falta de ética dos tradutores. Para evitar que um tradutor se torne "traidor", enfatiza a necessidade de três condições: domínio da língua vernácula, conhecimento profundo do idioma original e familiaridade com o assunto da obra. Exemplifica erros de tradução com casos de Camillo Flammarion e Nitti, que revelam a falta de entendimento por parte dos tradutores e erros grotescos que comprometem o sentido das obras. Conclui que é urgente encontrar um remédio para esse problema, propondo que a crítica literária desempenhe um papel mais ativo na avaliação das traduções, valorizando as boas e denunciando as ruins, para preservar a integridade da cultura literária brasileira. Defende que a crítica deve ir além de menções superficiais, visando uma análise mais rigorosa das traduções.