Resumo:
Analisa a iminência das eleições no Brasil, destacando a recente menção do ministro Marcondes Filho ao tema em suas palestras radiofônicas voltadas aos trabalhadores. No entanto, questiona a verdadeira natureza dessas eleições, enfatizando que, ao contrário do que alegam alguns críticos, não se tratam de eleições sindicais, mas de um processo mais formal, conforme estabelecido pela Constituição de 1937, que não permite a escolha de deputados diretamente pelos sindicatos. Ressalta que a situação política mudou significativamente desde a promulgação da Constituição, ocorrendo um retrocesso da democracia, que era frequentemente desprezada durante a ascensão do totalitarismo e a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Apesar dos desafios enfrentados, observa que a democracia voltou a se destacar após esse período sombrio. A questão central levantada é se o povo aceitará eleições indiretas que não representam adequadamente as diversas correntes de opinião nacional. Conclui que essa é uma decisão crucial que os dirigentes devem resolver antes de avançar no processo eleitoral.