Resumo:
Critica o absolutismo e a criação de leis que tornam os indivíduos subservientes ao Estado, que é tratado quase como uma entidade divina. Historicamente, a figura do monarca era considerada sagrada, e isso se transformou na modernidade, onde o Estado assume essa divindade, levando a uma multiplicação de "majestades" que devem ser veneradas. Ilustra sua argumentação com casos de punições severas a cidadãos que criticaram representantes do Estado. Um advogado cearense foi condenado a vinte anos de prisão por insultar um promotor, enquanto um sacerdote mineiro recebeu um ano de pena por denunciar abusos de poder. Esses exemplos demonstram como a crítica ao Estado é reprimida, transformando o ideal de cidadania em temor e submissão. Sugere que, em vez de um diploma, o verdadeiro símbolo da cidadania pode se tornar a insígnia de um policial, revelando a decadência do espírito cívico na sociedade brasileira.