dc.description.abstract |
Com o fim da guerra se aproximando, o discurso de Getúlio Vargas sinaliza que as eleições são inevitáveis. No entanto, essa transição apresenta um sério perigo: a falta de preparação do país para um pleito real. A ausência de um eleitorado organizado, partidos ativos, debates livres e propaganda eficaz resulta em uma convocação para votar que poderia ser uma mera formalidade. Se a guerra terminar inesperadamente, convocar o povo às urnas em um prazo curto de 30 a 90 dias não refletiria uma autêntica manifestação da vontade nacional, já que apenas uma fração da população teria acesso ao voto, sem garantias contra fraudes. Raul Pilla argumenta que as eleições genuínas exigem, no mínimo, seis meses de preparação. É crucial que o país se constitua rapidamente, não apenas para atender à pressão popular, mas também para participar legitimamente das negociações de paz. Enfatiza a importância de conduzir eleições honestas e verdadeiras, urgindo que as providências necessárias sejam implementadas imediatamente, em vez de esperar o fim da guerra, para evitar enganos e garantir a legitimidade do processo eleitoral. |
pt_BR |