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No discurso de Ano Novo, o chefe do Estado, Getúlio Vargas, se dirigiu à Nação, mas sua fala não trouxe a esperada esperança de um “Ano Bom”. Apesar de destacar um rol de realizações e promessas, o discurso careceu da principal promessa de eleições livres. A referência à complementação do regime instaurado em 1937, que já deveria ter ocorrido há sete anos, não satisfez as expectativas do povo. A complementação deveria ter sido precedida por um plebiscito, permitindo que a população se manifestasse sobre o regime. A demanda mais esperada era a convocação de uma Assembleia Constituinte para definir a organização política do país. Vargas proferiu seu discurso em um contexto em que o totalitarismo estava em declínio e a democracia ganhava força. A população, que anteriormente temia o autoritarismo, agora reconhecia que a democracia era a única via para o progresso e bem-estar. Assim, o discurso, embora marcando o início de um novo ciclo, não trouxe a promessa de mudanças que a Nação almejava, tornando-o, portanto, um discurso de Ano Novo, mas não de Ano Bom. |
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