Resumo:
Analisa a promessa do Secretário do Interior de garantir eleições honestas no Brasil, expressando ceticismo quanto à verdadeira honestidade dessas eleições. Destaca que o conceito de "honestidade" é flexível e pode ser manipulado conforme as conveniências políticas. Enfatiza que eleições honestas devem ser isentas de fraudes que favorecem o governo em detrimento da oposição, como a diminuição dos votos da oposição e a multiplicação dos votos governamentais. Argumenta que, mesmo que as eleições sejam conduzidas sem fraudes ou violências, elas não podem ser consideradas honestas se o sistema eleitoral em vigor já discrimina a oposição, como no caso em que apenas um décimo dos lugares é atribuído a partidos minoritários, mesmo que representem quase metade do eleitorado. Assim, conclui que a honestidade eleitoral deve incluir uma representação proporcional adequada, ou um sistema que se aproxime dela, como o voto cumulativo. Critica, portanto, a falta de um sistema eleitoral justo, fundamental para assegurar a verdadeira democracia.