Resumo:
Discute a recusa do Reitor da Universidade de Porto Alegre em permitir que os estudantes usassem o salão nobre para homenagear o acadêmico Demócrito Souza Filho. O reitor justificou sua decisão afirmando que a universidade deve ser um ambiente de harmonia e não se envolver em eventos controversos. Critica essa visão, argumentando que a universidade, como um centro de cultura política e social, não pode ignorar as questões importantes da sociedade. Destaca que essa postura poderia transformar as universidades em claustros, desconectados das realidades externas. Aponta a contradição de ensinar valores como liberdade, justiça e dignidade humana, enquanto fora das instituições esses valores são desrespeitados. Elogia a postura dos professores e alunos de outras universidades, como no Rio de Janeiro, que se manifestaram em apoio a princípios democráticos e de justiça. Conclui que as universidades devem ser espaços de reflexão e ação, onde o compromisso com a verdade e a cidadania sejam fundamentais para a formação de indivíduos conscientes e responsáveis.