Resumo:
Discute a relação dos operários com Getúlio Vargas, argumentando que as reformas sociais não são mérito do ditador, mas sim um reflexo de um movimento iniciado antes de sua ascensão ao poder. Menciona que as leis de proteção ao trabalho começaram a ser discutidas e implementadas desde 1917, muito antes de Vargas assumir o governo. Critica a ideia de que o trabalhador deve gratidão a Vargas por suas políticas, afirmando que as reformas surgiram por pressão popular e compromissos internacionais, e que qualquer governo democrático teria avançado nesse sentido. Ressalta que a narrativa de que Vargas é um benfeitor dos trabalhadores é uma construção propagandística, que ilude a população e garante a permanência de seu poder pessoal. Aponta que Vargas tem explorado os trabalhadores e praticado demagogia, ao invés de promover reais mudanças sociais. Segundo ele, essa imagem de benemerência é alimentada por um desejo de reconhecimento e não por um genuíno interesse nas necessidades da classe trabalhadora. Conclui que a manutenção do poder de Vargas está alicerçada em enganos e apelos emocionais, em vez de uma verdadeira dedicação à justiça social. Destaca que essa manipulação é uma das maiores desgraças da ditadura, levando os trabalhadores a se sentirem prisioneiros de um regime que os explora.