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No quarto trecho da correspondência de Raul Pilla a Antônio, analisa a relação entre os operários e a Ditadura de Getúlio Vargas. Começa afirmando que os operários têm uma percepção equivocada sobre suas dívidas com o regime, sustentando que as benesses que acreditam dever a Vargas são, na verdade, resultados do funcionamento democrático que foi abruptamente destruído em 1937. O foco se volta à análise do que os trabalhadores perderam com a ditadura, especialmente sua liberdade, tanto como cidadãos quanto como operários. Destaca que os trabalhadores foram forçados a se submeter a sindicatos controlados pelo governo, perdendo a capacidade de se associar livremente e de fazer greve. Além disso, como cidadãos, os operários foram privados de suas liberdades de reunião e expressão, e não puderam participar na escolha de seus governantes, tornando-se súditos em vez de cidadãos. Enfatiza que a liberdade é essencial para a dignidade humana e para a civilização. Argumenta que a democracia é o único regime que pode garantir o bem-estar material, enquanto a ditadura leva à degradação moral e à miséria econômica. Portanto, conclui que, ao roubar a liberdade dos trabalhadores, Vargas os deve muito mais do que supostamente concedeu. Sugere que essa perda é uma dívida impagável que anula qualquer benefício percebido, afirmando que os operários foram, na verdade, espoliados pelo regime. |
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