Resumo:
Critica a relação entre os Estados Unidos e a Ditadura de Getúlio Vargas no Brasil, destacando a comparação injusta entre o governo americano e o regime autoritário brasileiro. Ressalta que a propaganda oficial tenta igualar Vargas a Franklin D. Roosevelt, alegando que ambos combatem trusts e monopólios. No entanto, observa que enquanto nos EUA ocorrem eleições legítimas, no Brasil, Vargas perpetua seu poder por meio de golpes. Denuncia a hipocrisia dos defensores da ditadura, que usam a luta americana contra os monopólios para justificar medidas autoritárias, como o decreto-lei 7.666, que visa expropriar a liberdade e os bens dos opositores. Argumenta que a paciência dos americanos pode ser limitada quando suas próprias instituições e valores estão em risco. Destaca a diferença fundamental entre as leis dos EUA e o decreto brasileiro: enquanto a legislação americana emana do Congresso e protege os cidadãos, a brasileira é um reflexo do arbítrio do Executivo. Conclui que a política nos EUA visa proteger a democracia dos abusos do capitalismo, enquanto o que se vê no Brasil é o despotismo atacando a liberdade. Assim, defende que, se os defensores da ditadura precisam de justificativas, que procurem nas ditaduras militares, e não nas instituições democráticas.