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Critica a dicotomia entre as intenções declaradas e os atos do governo de Getúlio Vargas em relação aos trabalhadores. Apesar de o regime se proclamar defensor dos direitos dos trabalhadores, argumenta que a realidade é muito diferente, sendo a situação laboral mais precária do que há dez anos. Descreve a administração como demagógica, utilizando propaganda para conquistar apoio popular sem promover mudanças significativas nas condições de vida dos operários. Destaca a situação alarmante dos trabalhadores avulsos no porto, que recebem baixos salários e enfrentam a falta de garantias trabalhistas. Eles não têm acesso a benefícios em casos de doença e são pressionados a trabalhar além da jornada legal, com a possibilidade de demissão sem aviso prévio. Ilustra essa injustiça com o exemplo de uma greve por aumento salarial que resultou apenas em refeições gratuitas, reforçando a ideia de que a retórica do governo sobre cuidar dos trabalhadores não se traduz em ações concretas. Conclui que, em vez de ser um "Pai dos Trabalhadores", Vargas age mais como um "padrasto", negligenciando as necessidades reais dos trabalhadores. Essa crítica é uma chamada à reflexão sobre a verdadeira natureza do regime e a necessidade de ações que correspondam às promessas feitas. |
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