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Analisa a recente dissolução do Parlamento britânico e a derrota do Partido Conservador pelos Trabalhistas como um exemplo de democracia em ação e uma lição para os países da América Latina. Destaca como, na Inglaterra, uma verdadeira revolução política pode ocorrer pacificamente, apenas por meio do voto, graças à flexibilidade e perfeição do sistema parlamentar. Observa que, após anos de governo de coalizão, ninguém sabia ao certo quais eram os sentimentos do povo britânico em relação à continuidade da liderança de Churchill, especialmente após o fim da guerra com a Alemanha. A retirada do apoio trabalhista ao governo de Churchill levou à dissolução do Parlamento, dando à nação a última palavra, como deve ocorrer em uma democracia. O resultado foi uma esmagadora vitória dos Trabalhistas e a queda de Churchill, cuja liderança, embora histórica, já não refletia os desejos da maioria. A dissolução parlamentar é apresentada como um mecanismo essencial para garantir que os representantes estejam em sintonia com os representados. Mesmo com o longo intervalo sem eleições gerais, ele ressalta que a opinião pública não segue períodos fixos e pode mudar drasticamente conforme os acontecimentos. Assim, a dissolução parlamentar permite o reajustamento necessário, reforçando a vitalidade democrática britânica, que deveria servir de modelo para os países caudilhescos e ditatoriais da América Latina. |
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