Resumo:
Analisa o fenômeno do queremismo no Brasil, caracterizando-o como um movimento que se tornou evidente e não pode ser ignorado. Destaca a propaganda intensa do queremismo e a sua capacidade de influenciar a opinião pública, comparando a situação brasileira a um povo que, após um longo período de ditadura, busca manter o controle de um líder que já confiscou suas liberdades. Argumenta que, apesar da aparência impressionante do queremismo, sua profundidade é superficial e carece de substância. Utiliza a metáfora do escravo libertado que, sem saber como usar sua liberdade, prefere retornar ao seu antigo senhor, para ilustrar a situação dos brasileiros que se rendem à ditadura. Observa que a verdadeira natureza do queremismo não representa a alma brasileira, mas sim um tumor social gerado por anos de opressão. Critica a falta de conteúdo doutrinário do movimento, reduzido à simples exaltação de Getúlio Vargas, sem qualquer proposta de transformação real. Reconhece que existem pessoas bem-intencionadas que, enganadas por uma propaganda sistemática, acreditam que Vargas lhes proporcionou benefícios. No entanto, ele adverte que a reeducação dessas pessoas é essencial para a vitória da democracia, que é ameaçada pela degenerescência que o queremismo representa. Conclui que a democracia deve ser restaurada, mas que isso requer atenção especial àqueles deseducados pela ditadura.