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Reflete sobre a simbologia do automóvel no Brasil, apresentando-o como um símbolo do Poder. Observa que, enquanto as classes altas e os dignitários do Estado têm acesso a veículos oficiais, os menos favorecidos dependem de transporte público. Esse acesso desigual ao automóvel gera um apelo por status e uma vontade de ocupar cargos elevados, mesmo que isso implique em humilhações. Enfatiza que o automóvel oficial é frequentemente utilizado não apenas para fins administrativos, mas também em benefício pessoal, tornando-se uma extensão da vida privada dos ocupantes de altos cargos. Inclui um exemplo do Brigadeiro Eduardo Gomes, que, apesar de ter um carro oficial à disposição, escolhe não utilizá-lo para transportar sua irmã durante suas idas a Petrópolis. Ele justifica sua decisão dizendo que o veículo não lhe pertence e que se sentiria desconfortável ao usar uma propriedade pública para fins pessoais. Utiliza esse exemplo para ilustrar a importância da ética e da responsabilidade no uso dos recursos públicos, destacando que atitudes triviais revelam o verdadeiro caráter das pessoas. Assim, sugere que a forma como os líderes se comportam em relação ao que é público e privado reflete sua integridade e compromisso com o bem coletivo. O Brigadeiro é apresentado como um exemplo de alguém que mantém essa distinção, evitando confundir seu status pessoal com suas funções oficiais. |
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