Resumo:
Analisa a situação política do Brasil após a deposição de Getúlio Vargas em 1929, destacando que a confusão ainda persiste no cenário nacional, apesar da intervenção das classes armadas. Critica a forma como a renúncia de Vargas foi apresentada, sugerindo que a narrativa oficial esconde a realidade da situação, ao atribuir ao ex-ditador sentimentos que não condizem com suas ações. Argumenta que, apesar da queda de Vargas, a estrutura corrupta e viciada da máquina administrativa que ele construiu permanece intacta, o que pode prejudicar o processo democrático. Questiona por que o novo governo não aplica medidas claras para restaurar a ordem, como a entrega do poder aos presidentes das Côrtes de Apelação e a substituição dos prefeitos por indivíduos imparciais. A principal preocupação é a realização de eleições presidenciais justas e legítimas. Enfatiza que a mera formalidade de eleições não resolverá os problemas do Brasil, e que é crucial que o próximo presidente tenha um mandato legítimo para restaurar a confiança na democracia. Adverte que a situação atual, marcada por contradições e interesses obscuros, não pode continuar. Conclui ressaltando a necessidade de eleições honestas, onde a vontade do povo prevaleça, e não a influência da máquina montada pela ditadura.