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Analisa a complexa relação entre as classes armadas e a vida política do Brasil desde a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Historicamente, as forças armadas intervieram em momentos críticos, como em 1930 e 1945, quando sentiram a necessidade de restaurar a ordem constitucional. Atualmente, Pilla observa uma mudança de atitude nas classes armadas, que buscam se afastar da política para cumprir sua missão constitucional sem se envolver em interesses políticos, sejam eles civis ou militares. Entretanto, essa vontade de distanciamento enfrenta desafios. A instabilidade política, gerada pelo despotismo presidencial, força os militares a intervir quando o governo falha em garantir a normalidade democrática. Argumenta que as intervenções não são um desejo intrínseco das classes armadas, mas uma resposta a um regime político que ainda não se libertou de práticas autoritárias. Critica o presidencialismo, que tem sido um fator de instabilidade na América Latina, resultando em frequentes intervenções militares. Para ele, a transição para um sistema parlamentar é vital para a consolidação de uma democracia representativa e para permitir que as classes armadas exerçam sua função sem a necessidade de intervenções. O fortalecimento da responsabilidade governamental e da opinião pública é essencial para eliminar os motivos e pretextos para a interferência militar na política brasileira. |
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