Resumo:
Reflete sobre a relação entre a imprensa e o regime político. Afirma que a imprensa só floresce em ambientes de liberdade e que, fora de regimes democráticos, ela se degenera, tornando-se um instrumento de opressão. Destaca que, embora a liberdade de imprensa seja garantida por lei, a forma de governo e o sistema constitucional também afetam a sua influência. Compara a atuação da imprensa em regimes parlamentares e presidenciais. No sistema parlamentar, a opinião pública tem um papel central, e, por consequência, a imprensa é forte e influente. Já no sistema presidencial, a imprensa tem pouca capacidade de influenciar as decisões do governo, sendo reduzida a uma função limitada, uma vez que a opinião pública só exerce sua influência em períodos eleitorais. Observa que, no Brasil, o presidencialismo contribui para a ineficácia da imprensa em alterar ou influenciar a política. Critica o presidencialismo como uma forma de ditadura eletiva, onde a opinião pública e a imprensa são menos influentes. Ressalta a importância de a imprensa compreender seu poder e apoiar a transição para o parlamentarismo, para que a opinião pública possa ter um papel mais significativo na condução política do país. Sugere que a imprensa brasileira deveria se envolver mais ativamente no debate sobre a mudança do sistema de governo.