Resumo:
Discute a revolução pacífica que ocorreu na Itália, onde, através de um plebiscito, foi extinta a monarquia e instaurada a república. Embora tenha havido alguns distúrbios no sul, enfatiza que a essência do acontecimento é a decisão do povo sobre seus próprios destinos, um reconhecimento compartilhado tanto por monarquistas quanto por republicanos. Em contraste, aponta que o Brasil também passou por uma transformação semelhante, mas não conseguiu submeter a revolução à sanção popular. Muitos estadistas da monarquia estavam dispostos a aceitar a república, contanto que houvesse uma manifestação formal do povo. No entanto, a eleição da primeira Assembleia Constituinte republicana, realizada sob o problemático regulamento Alvim, viciou a origem da nova república. Embora a proclamação da república tenha ocorrido sem derramamento de sangue, observa que logo se seguiu uma série de conflitos e violências, indicando que a democratização do Brasil ainda está por ser alcançada. Assim, reflete sobre a importância da legitimação popular em qualquer transformação política significativa.