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Discute as dificuldades que o presidente da República, Eurico Dutra, enfrenta na tarefa de pacificação e restauração do país. Essas dificuldades surgem tanto de questões pessoais dos governantes quanto do próprio sistema político em vigor desde 1891, que perpetua a estabilidade dos detentores do poder. Argumenta que, embora Dutra tenha se esforçado para se afastar de sua origem eleitoral e agir como presidente de todos os brasileiros, a resistência por parte dos governantes estaduais a uma política de garantias e realizações democráticas é intensa. Essa resistência, segundo ele, não é apenas mesquinhez, mas também uma consequência do regime presidencial que legitima e mantém o poder sem a necessidade de considerar a opinião pública. Critica a natureza quase autocrática desse regime, que promove um ambiente de antagonismo onde os que estão no poder não estão dispostos a ceder suas posições. Em contraste, sugere que a adoção do parlamentarismo poderia humanizar as lutas políticas, permitindo uma dinâmica onde partidos têm a possibilidade de retornar ao poder após erros. Isso criaria um clima de confiança e facilitaria a pacificação no país. O parlamentarismo, segundo ele, não apenas promoveria um governo de gabinete mais eficaz, mas também poderia instaurar uma nova moral política, essencial para a renovação da vida política brasileira. |
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