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No contexto de uma democracia recém-estabelecida no Brasil, Pilla alerta para os riscos que ainda ameaçam sua permanência. Após a derrota das potências fascistas e a queda da ditadura, a promulgação de uma nova constituição não garante estabilidade democrática. Argumenta que as nuvens de incerteza que pairam sobre a Assembleia Nacional Constituinte refletem uma luta que vai além da busca pela democracia; trata-se de uma batalha pelo poder, influenciada pelo descontentamento do ex-ditador. Critica a concepção de que a jornada de 29 de outubro foi uma revolução, considerando-a um golpe ou contragolpe, o que limita o verdadeiro processo democrático. Essa origem tumultuada da atual situação política gera uma resistência a restrições necessárias para o funcionamento da democracia. Em vez de avançar, há um risco real de retorno a práticas autoritárias, pois os desafios contemporâneos são tão graves quanto os enfrentados em 1937. Assim, enfatiza que a luta pela democracia no Brasil está apenas começando e que os perigos que ameaçam essa conquista são significativos e alarmantes. |
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