Resumo:
Critica a orientação anticomunista obsessiva do governo de Eurico Dutra, apontando que tal política ignora questões importantes e amplas do país. Argumenta que, ao tratar o comunismo como o "problema dos problemas," o governo negligencia desafios econômicos, políticos e sociais, dando ao comunismo uma importância desproporcional. Reconhece os perigos do comunismo no Brasil e no mundo, mas acredita que a abordagem do governo, baseada em ilegalidades e violências, só prejudica a democracia e não combate eficazmente o comunismo. Para ele, a postura anticomunista do governo se assemelha a um "plano diabólico" que ignora meios e consequências, colocando em risco valores democráticos fundamentais. Ao invés de fortalecer a democracia, essa abordagem alimenta um ciclo de repressão que acaba por alienar até mesmo os verdadeiros democratas, forçando-os a se posicionar ao lado dos comunistas para defender seus próprios princípios. Ilustra sua crítica com eventos no Congresso Nacional, onde parlamentares reagiram contra abusos do governo, mostrando que a política de combate ao comunismo, em vez de neutralizá-lo, acaba fortalecendo-o moralmente ao criar uma oposição contra práticas governamentais autoritárias e antidemocráticas.